Menopausa, climatério e sexo

Menopausa, Climatério e Sexo – Muitas mulheres, no Brasil e no mundo, têm suas atividades sexuais afetadas devido os diversos sintomas causados durante o climatério.

Nesse artigo, nós vamos explicar (de maneira simples) o que ocorre com o organismo da mulher quando ela entra no período do climatério e como os sintomas nessa fase podem afetar a sexualidade feminina.

Nós falaremos sobre os hormônios sexuais femininos, qual a importância desses hormônios para a menstruação e a menopausa e o que acontece com esses hormônios durante o climatério.

Nós também veremos, de maneira bem explicada, quais são os sintomas que aparecem durante o climatério e o impacto desses sintomas na sexualidade da mulher.

O artigo também apresenta informações de como é feito o diagnóstico do climatério e sobre os riscos e benefícios associados às várias opções de tratamento.

Boa leitura!

SISTEMA ENDÓCRINO E HORMÔNIOS SEXUAIS

O Sistema endócrino é um conjunto de órgãos (ou glândulas) responsáveis pela produção dos hormônios.

SISTEMA ENDÓCRINO

Hormônios são substâncias químicas que controlam diversas funções do organismo (como por exemplo a reprodução, o metabolismo, o balanço energético, o crescimento, o desenvolvimento e a homeostasia do meio interno), inclusive as funções sexuais.

Veja no quadro abaixo, os principais hormônios que atuam na função sexual dos homens e das mulheres.

HORMONIOS SEXUAIS FEMININOSComo mostra a tabela acima, vários hormônios são responsáveis pelas funções sexuais. Nas mulheres, dois hormônios fundamentais atuam na menstruação e no climatério: o estrogênio e a progesterona.

HORMÔNIOS SEXUAIS FEMININOS

O estrogênio é o principal hormônio responsável pelas características sexuais secundárias femininas, tais como o tamanho dos seios e o controle da ovulação.

As principais funções do estrogênio são:

  • estimular o crescimento do endométrio do útero preparando-o para a fertilização;
  • regular a distribuição de gordura no corpo, contribuindo para as formas corporais femininas, como por exemplo da região do quadril;
  • desenvolvimento mamário;
  • crescimento de pelos pubianos;
  • estimular o desenvolvimento dos pequenos e grandes lábios da vulva.

O estrogênio é produzido pelos ovários e placenta, e em menor quantidade pelas glândulas suprarrenais e testículos. Nas mulheres, a produção do estrogênio é intimamente relacionada com o ciclo menstrual.

ESTRADIOL

progesterona é um hormônio feminino produzido pelo ovário desde a puberdade. Esse hormônio é muito importante na preparação do organismo da mulher para a gestação, bem como na manutenção da gravidez além de participar na regulação do ciclo menstrual.

Em um ciclo menstrual normal, a progesterona tem a função de ativar as células que revestem a parede do útero e alterar e irrigar os vasos sanguíneos do endométrio, de maneira a preparar o útero para receber o embrião.

Após a menopausa, a mulher produz apenas uma pequena fração da quantidade desse hormônio produzida ao longo da vida reprodutiva.

Qual é a função dos hormônios na menstruação e no climatério e qual a importância desses hormônios para a vida sexual da mulher?

Para responder essa questão, vamos entender primeiro o que é e como ocorrem a menstruação e o climatério.

MENSTRUAÇÃO

O que é e como ocorre a menstruação?

A menstruação faz parte do ciclo menstrual.

ciclo menstrual é o período que decorre entre o primeiro dia da menstruação e o primeiro dia da menstruação seguinte.

O ciclo menstrual é composto de três fases: fase folicular, fase ovulatória e fase lútea.

CICLO MENSTRUAL IMAGEM

Fase folicular

No início dessa fase, o hormônio folículo-estimulante (FSH) estimula o desenvolvimento dos folículos ovarianos.

Os folículos ovarianos são encontrados nos ovários e abrigam os óvulos imaturos que serão liberados gradativamente ao longo da vida reprodutiva da mulher. No interior de cada folículo há um óvulo imaturo.

Durante o ciclo menstrual típico, apenas um folículo se tornará um folículo dominante, ou seja, maduro o suficiente para a ovulação, sendo o óvulo expelido por este folículo dominante.

Conforme os folículos vão se desenvolvendo e amadurecendo, eles vão produzindo, o hormônio estrogênio (principalmente o estradiol). A alta produção de estrogênio  resulta no espessamento do endométrio (parede interna do útero) e na formação de vasos, condições que tornam o útero preparado para receber o óvulo fecundado e iniciar a gravidez.

No final dessa primeira fase, a secreção de estrogênio, pelo folículo dominante, continua elevada, garantindo que o óvulo amadureça e tenha condições de ser liberado.

O alto índice de estrogênio inibe a produção do hormônio folículo-estimulante (FSH) pela hipófise.

A quedas nos níveis de FSH desestimula os folículos provocando uma redução na produção do estrogênio.

A hipófise passa a secretar o hormônio luteinizante LH.

Fase ovulatória

O hormônio luteinizante LH faz o folículo se romper para liberar um óvulo.

O óvulo maduro segue então para as tubas uterinas (ou trompas de Falópio) e se encaminha para o útero. Esse processo consiste na ovulação. 

♦ O óvulo possui um curto período de vida, em torno de 24 horas. Para que a gravidez ocorra é preciso manter relações sexuais no período fértil da mulher. Já os espermatozoides podem permanecer viáveis por até 5 dias no corpo feminino.

Fase lútea

Após a ovulação, os resíduos do folículo vazio se transformam no corpo lúteo (ou corpo amarelo). O corpo lúteo é uma espécie de glândula endócrina provisória. Essa glândula tem um papel importante na secreção do hormônio progesterona. A progesterona inibe a síntese de FSH e LH que já tiveram sua função no desenvolvimento folicular.

A progesterona torna o revestimento do útero espesso preparando-o para a implantação do óvulo fecundado.

Se o óvulo for fecundado, inicia a produção de Gonadotrofina Coriônica Humana (hCG) conhecido como o hormônio da gravidez, mantendo o corpo lúteo ativo.

Se o óvulo não for fecundado, o corpo lúteo não recebe estímulo hormonal. A produção de progesterona cessa. O revestimento do útero não consegue se manter, o corpo lúteo então se degenera e inicia-se um novo ciclo com a vinda da menstruação.

A duração do ciclo menstrual é em torno de 28 dias. Porém, para algumas mulheres, esse período pode ser de 21 ou até mesmo de 35 dias.

A primeira menstruação é chamada de menarca e nos dois ou três primeiros anos é normal que os ciclos sejam um pouco irregulares. Com o tempo, tornam-se mais regulares e tendem a estabilizar até chegar aos 40-45 anos.

A partir desta idade, os ciclos tornam-se novamente irregulares até a fase da menopausa, quando a mulher deixa de menstruar.

MENOPAUSA E CLIMATÉRIO

Como a gente viu, durante o ciclo menstrual ocorre uma variação intensa de produção de hormônios. Com o avançar da idade, a produção dos hormônios torna-se irregular anunciado o começo do climatério e da menopausa.

Muitas mulheres confundem climatério com menopausa, acreditando se tratar do mesmo fenômeno. Vejamos a diferença entre os dois:

Diferença entre menopausa e climatério

Menopausa

A menopausa corresponde ao último ciclo menstrual. Para que a mulher seja reconhecida como estando na menopausa, deve-se passar 12 meses consecutivos de amenorreia (ausência de menstruação) após o último ciclo menstrual.  O último ciclo marca então o início da menopausa que geralmente acontece entre os 48 e 50 anos de idade.

A menopausa ocorre durante a fase do climatério.   

Climatério imagem

Climatério

O climatério é definido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma fase biológica da vida da mulher que compreende a transição entre o período reprodutivo e o não reprodutivo.

A causa do climatério é complexa. Ela envolve o eixo hipotálamo-hipófise-ovariano, mas os ovários parecem ser a estrutura mais relevantes nesse processo.

Durante o climatério, o declínio da função ovariana causa alterações endócrinas de grande importância. As principais alterações endócrinas são:

  • Perda folicular – Causada por um fenômeno chamado atrésia folicular (degeneração ou involução contínua dos folículos do ovário. O número de folículos passa de ±2 milhões ao nascimento a ±500 mil no início da puberdade e continua diminuindo progressivamente até a menopausa);
  • Diminuição do volume dos ovários – O volume médio dos ovários diminui de 8 a 9cm para 2 a 3cm.
  • Aumento da produção de hormônio folículo-estimulante (FSH) – Pode haver elevação com valores 14 vezes maiores;
  • Aumento da produção do hormônio luteinizante (LH) – Pode haver elevação com valores três vezes maiores;
  • Flutuações importantes na produção dos estrogênios (hora aumentam, hora diminuem);
  • Aumento da produção de androgênios (testosterona e androsterona) aumentando a produção de estrona (principal hormônio da mulher no climatério);
  • Redução ou total desaparecimento do estradiol;
  • Redução ou total desaparecimento da progesterona;
  • Redução ou total desaparecimento da inibina.

Essas alterações ocasionam ciclos irregulares, sangramento uterino disfuncional, ovulação errática, ciclos menstruais mais curtos (ciclos polimenorréicos) seguidos de ciclos menstruais muito espaçados (ciclos oligomenorréicos) e, posteriormente, amenorreia (ausência de menstruação) a qual, se durar mais de 01 ano, considera-se instalada a menopausa.

O momento em que o climatério e a menopausa se instalam pode variar de mulher para mulher. Geralmente, a mulher começa a apresentar sintomas do climatério entre 40 e 65 anos e os da menopausa entre 48 e 50 anos de idade.

Não são raros os casos de mulheres que apresentarem os sintomas da menopausa relativamente cedo em suas vidas. Outras não apresentam sintomas, mas não conseguem engravidar. Esses, podem caracterizar casos de menopausa precoce.

A menopausa precoce corresponde ao desaparecimento permanente da menstruação antes dos 40 anos de idade. Nesse caso, os ovários produzem muito pouco de estrogênio e a ovulação para.

A menopausa precoce pode ter várias causas:

  • anormalidades genéticas;
  • doenças autoimunes (por exemplo, tireoidite, vitiligoe miastenia gravis);
  • distúrbios metabólicos  (diabetes por exemplo);
  • infecções virais (caxumba por exemplo);
  • quimioterapia;
  • radioterapia;
  • remoção cirúrgica dos ovários;
  • remoção cirúrgica do útero;
  • tabaco.

SINTOMAS MAIS COMUNS DURANTE A MENOPAUSA E O CLIMATÉRIO

De modo geral, a maioria das mulheres apresenta algum sintoma durante o climatério.

Como, normalmente, os sintomas presentes durante o climatério aparecem paralelamente à fase de envelhecimento natural da mulher, os sintomas que aparecem no climatério são identificados como sintomas clássicos do climatério ou como sintomas associados ao processo de envelhecimento.

Sintomas clássicos do climatério

São os sintomas associados à diminuição do nível de estrogênio (hipoestrogenismo):

  • Alterações menstruais

Durante a perimenopausa (período mais próximo da menopausa), os ciclos menstruais apresentam variações na regularidade e nas características do fluxo:  o intervalo entre as menstruações pode diminuir ou aumentar e as menstruações podem ser abundantes e com maior duração.

  • Manifestações urogenitais (síndrome geniturinária da pós-menopausa – GSM)

A síndrome geniturinária da pós-menopausa GSM é um termo que descreve vários sintomas e sinais da menopausa relacionados diretamente com a diminuição dos níveis dos hormônios sexuais, em especial dos estrogênios, envolvendo o aparelho genital e/ou o trato urinário causando mudanças físicas da vulva, da vagina e do trato urinário inferior:

  • sintomas genitais – atrofia vaginal (o revestimento da vagina se torna mais fino, mais seco e menos elástico), ardor e irritação;
  • sintomas sexuais – os pequenos lábios, o clitóris, o útero e os ovários diminuem de tamanho, há falta de lubrificação, desconforto e dispareunia (dor ao coito).
  • sintomas urinários – o revestimento da uretra torna-se mais fino e a uretra mais curta. Micro-organismos podem então entrar no corpo causando problemas como por exemplo disúria (dificuldade para urinar), incontinência urinária (perda involuntária de urina), frequência e urgência miccional e infecções urinárias recorrentes.

Além dos sintomas urogenitais, a redução do estrogênio durante o climatério propicia o prolapso genital (perda de sustentação de órgãos que constituem o assoalho pélvico) e diversas distopias genitais (deslocamento de qualquer um dos órgãos pélvicos para o canal vaginal ou para o exterior da vagina).

  • Manifestações neurogênicas (também conhecidas como sintomas vasomotores)

Compreendem os sintomas mais comuns durante o climatério:

  • ondas de calor (fogachos);
  • sudorese;
  • calafrios;
  • palpitações;
  • cefaleias;
  • tonturas;
  • vertigens;
  • parestesias;
  • insônia ou sono agitado;
  • perda da memória;
  • fadiga.
  • Manifestações psicogênicas

Alguns sintomas psíquicos muito frequentes, atribuídos ao climatério são:

  • diminuição da autoestima;
  • irritabilidade;
  • labilidade afetiva (inconstância afetiva);
  • dificuldade de concentração e memória;
  • dificuldades sexuais;
  • insônia;
  • sintomas depressivos.

É importante ressaltar que, acredita-se que uma mulher emocionalmente adaptada não sofra perturbações existenciais no climatério.

No entanto, vale lembrar que, do ponto de vista biológico, os estrogênios podem agir sobre os neurotransmissores cerebrais, especialmente a serotonina, relacionada ao humor. A diminuição do estrogênio poderia influenciar os níveis de serotonina, podendo relacionar-se a um aumento dos casos de depressão durante o climatério, em mulheres predispostas.

Atualmente não existe a comprovação de que somente o hipoestrogenismo seja a origem da depressão, sugerindo uma etiologia multifatorial (ambiental, sociocultural e individual).

Sintomas durante o climatério associados ao processo de envelhecimento

  • Manifestações metabólicas

Metabolismo ósseo

Com a idade é comum ocorrer a perda óssea a as fraturas osteoporóticas (causadas pela fragilidade dos ossos) principalmente nas mulheres. Com a queda de estrogênio, instala-se progressivamente a osteopenia e a osteoporose (os ossos perdem a densidade e ficam mais fracos).

A coluna e o colo do fêmur são os pontos usualmente mais comprometidos. O sintoma mais comum da osteoporose da coluna é a lombalgia (dor que ocorre na região lombar inferior) e os sinais mais representativos, perda de altura e cifose (desvio da coluna vertebral).

Metabolismo lipídico

Após a menopausa, os níveis de lipoproteína de baixa densidade (LDL) o “colesterol ruim” aumentam, enquanto os níveis de lipoproteína de alta densidade (HDL) o “colesterol bom” continuam a ser aproximadamente os mesmos que antes da menopausa.

A alteração nos níveis de HDL pode ser favorável à instalação de dislipidemia (elevação de colesterol e triglicerídeos), aterosclerose, doença coronariana, infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral, que estão entre as principais causas de mortalidade nas mulheres. No entanto, ainda não se sabe se essas doenças são causadas pelo envelhecimento ou pela diminuição da concentração de estrogênio após a menopausa.

  • Manifestações tegumentárias

O avanço da idade e a redução nos níveis de estrogênio durante o climatério, causam a diminuição do colágeno (proteína que fortalece a pele) e de elastina (proteína que confere elasticidade à pele), provocando alterações na pele que torna-se mais fina, menos elástica e mais suscetível a lesões.

Além da diminuição da produção de colágeno e da elastina, as alterações da pele também podem ser provocadas pela vulnerabilidade individual, determinada geneticamente, e pela influência de agentes externos e internos, que agem sobre a pele durante a vida. As alterações tegumentares mais frequentes são:

  • ressecamento da pele;
  • perda de elasticidade;
  • enfraquecimento da musculatura;
  • perda do coxim subcutâneo e o aparecimento de rugas;
  • manchas hipocrômicas (manchas claras);
  • formação de lentigos (lesões pigmentadas de cor castanho-claro, escura ou negra);
  • aparecimento de melanose (manchas escuras erroneamente chamadas de mancha senil).
  • Outras alterações
  • Mamárias – Pode ocorrer aumento de gordura, tornando as mamas mais pesadas, flácidas e pêndulas.
  • Visuais – Pode ocorrer presbiopia (perda da elasticidade e do poder de acomodação do cristalino, o indivíduo não percebe mais com nitidez os objetos próximos). Ocorre normalmente entre 40 – 45 anos.
  • Dentárias – Pode ocorrer deslocamento e retração da gengiva, favorecendo infecções e cáries.
  • Obesidade.

Com tantos sintomas  é natural a mulher ter inúmeras dificuldades nessa fase. Por isso, aproveitamos a oportunidade para indicar o ebook Viver a Menopausa Naturalmente; um verdadeiro guia inteiramente dedicado às mulheres na menopausa.

Agora que a gente já conhece a função dos hormônios durante a menstruação e os sintomas que a variação  da taxa desses hormônios ocasiona durante a menopausa e o climatério, vamos entender como esse período pode afetar a vida sexual da mulher.

IMPACTO DA MENOPAUSA E DO CLIMATÉRIO NO DESEMPENHO SEXUAL

Como a gente viu, as alterações dos níveis hormonais durante o climatério provocam sintomas que afetam o estado emocional e provocam modificações em nível genital. Essas alterações afetam diretamente a resposta sexual feminina podendo muitas vezes causar disfunções sexuais.

De maneira bem simples, a resposta sexual nada mais é do que o processo de uma relação sexual bem sucedida. Esse processo é composto de quatro fases: desejo, excitação, orgasmo e resolução.

Resposta sexual humana

Desejo – É uma sensação provocada por estímulos que desencadeiam na pessoa a vontade de ter atividade sexual. Essa fase envolve os órgãos sensoriais (ou os cinco sentidos: olfato, paladar, audição, visão e tato), o pensamento, a imaginação e os fantasmas eróticos.

Além da participação dos órgãos sensoriais, essa fase é caracterizada por uma série de reações em nível neuroquímico, mediada por neurotransmissores e hormônios, destacando-se entre os mais importantes, a testosterona e os estrogênios.

Como a gente viu, a queda no nível do estrogênio provoca modificações vaginais (atrofia vaginal, diminuição dos pequenos lábios e do clitóris, incontinência urinária etc.), sintomas vasomotores (fogachos, fadiga, dores de cabeça etc.) e várias manifestações psicogênicas (diminuição da autoestima, irritabilidade, sintomas depressivos etc.).

Esses sintomas ocorrem em muitas mulheres durante o climatério e a menopausa e podem comprometer, nessas mulheres, a vontade de desenvolver atividades sexuais. É muito comum observar mulheres que apresentando esses sintomas, desenvolvem problemas sexuais como, por exemplo, diminuição da libido e das fantasias sexuais.

Excitação: Na fase da excitação, as alterações físicas do corpo aos estímulos ficam visíveis.

Em condições normais, nessa fase, a vasocongestão pélvica, (afluência anormal de sangue aos vasos sanguíneos na região pélvica) provoca as principais alterações físicas na mulher: turgescência (inchaço inicial) da genitália externa (vulva), lubrificação e expansão vaginal, eventos estes intrinsecamente dependentes da ação do estrogênio.

Porém, a diminuição do nível de estrogênio durante o climatério causa modificações significativas nos órgãos genitais internos e externos afetando os eventos ciados acima e influenciando a resposta sexual.

O maior efeito da deficiência estrogênica sobre a pelve é a diminuição do fluxo sanguíneo, que pode promover alterações no aparelho genital externo:

  • os pelos pubianos tornam-se escassos;
  • há redução de parte do tecido adiposo dos grandes lábios;
  • há retração dos pequenos lábios e do clitóris.

As alterações observadas na genitália interna são, frequentemente, mais marcantes do que as da genitália externa. Na vagina, as alterações mais frequentes devido o hipoestrogenismo são:

  • ressecamento vaginal (lubrificação vaginal menos intensa e mais demorada);
  • adelgaçamento dos tecidos vaginais;
  • prurido;
  • irritação;
  • ardência;
  • sensação de pressão.

Esses sintomas podem influenciar diretamente e intensamente a capacidade de excitação da mulher pois causam dispareunia (dor durante a relação), especialmente na relação sexual com penetração, tornando a perspectiva do sexo com penetração, motivo de ansiedade e de falta de satisfação.

A diminuição do nível de estrogênio durante o climatério pode causar vários sintomas que afetam a vontade da mulher de ter relações sexuais e sua capacidade de excitação. Quando essas dificuldades sexuais duram mais de seis meses e causam sofrimento para a mulher, elas podem ser consideradas como disfunção sexual.

Uma disfunção sexual muito comum associada às dificuldades de desenvolver desejo e excitação sexual é o transtorno do interesse/excitação sexual.

Em alguns casos, a mulher desenvolve medo e dificuldades de ter relação sexual por causa da dor intensa, durante a relação sexual vaginal ou nas tentativas de penetração, provocada pela atrofia vaginal. Nesses casos, a mulher pode desenvolver a disfunção sexual conhecida como transtorno da dor gênito-pélvica/penetração.

Orgasmo – O orgasmo é o clímax do prazer sexual. Essa fase envolve a produção de substâncias químicas no cérebro e contrações musculares rítmicas e automáticas dos músculos do períneo e dos órgãos reprodutores.

Essas contrações são afetadas pela queda nos níveis de estrogênio que causam igualmente a atrofia vaginal podendo gerar comprometimento dessa fase da resposta sexual.

Quando problemas para atingir o orgasmo duram mais de seis meses e causam sofrimento clínico, a mulher pode desenvolver a disfunção sexual conhecida como transtorno do orgasmo.

Resolução – A resolução corresponde ao descanso após o orgasmo. Esse estágio também poderá ser comprometido, visto que, com o passar dos anos, o corpo tem reações e restabelecimentos mais lentos, principalmente naqueles que não praticam atividades físicas. 

Se você quiser obter mais informações sobre a resposta sexual humana, leia o artigo aqui.

MENOPAUSA, CLIMATÉRIO – DIAGNÓSTICO

Com o avanço da idade, é normal pouco a pouco irem se instalando alguns sintomas que são característicos da menopausa e que indicam que a mulher está se aproximando do climatério.

Quando a mulher começa a apresentar os primeiros sintomas, a visita ao ginecologista acaba se tornando o primeiro contato com a nova realidade.

Geralmente, os ginecologistas diagnosticam o climatério devido as queixas clínicas que são na maioria dos casos irregularidades menstruais, fogachos, insônia, irritabilidade, artralgia (dor nas articulações), mialgia (dores musculares), palpitações, diminuição da memória e do interesse pelas atividades de rotina, diminuição da libido, dispareunia (dor durante o ato sexual), astenia (perda da força física) e sintomas gênito-urinários relacionados com a hipotrofia das mucosas.

O climatério é uma fase que marca a passagem da vida reprodutiva à não reprodutiva. Esse é um bom momento para que o ginecologista investigue diferentes aspectos da saúde da mulher que possam afetar essa “passagem” assim como a saúde de um modo geral.

Além de confirmar o relato dos sintomas do climatério, o ginecologista pode proceder a um exame físico onde deve ser verificado o peso, a circunferência abdominal e a pressão arterial. Esses exames podem indicar problemas metabólicos e risco cardiovascular.

O ginecologista também deve proceder a um exame ginecológico. Durante esse procedimento, deve ser feita avaliação mamária, palpação abdominal e da pelve, inspeção da vulva e avaliação da vagina e do colo do útero.

O exame ginecológico permite ao ginecologista identificar alterações que indiquem a presença de câncer de mama, anormalidades pélvicas, atrofia vaginal, distopias com prolapsos genitais, rugosidade da mucosa vaginal e a lubrificação do colo e da vagina. O exame ginecológico deve ser realizado uma vez por ano.

Como o climatério é um período que pode durar alguns anos, o ginecologista pode recorrer a alguns exames complementares para o acompanhamento do climatério e a prevenção de possíveis doenças como por exemplo câncer de mama, câncer de ovário, câncer no útero, câncer de pele, osteoporose etc.

Exames complementares durante o climatério

Mamografia e ultrassonografia – Permitem a detecção precoce do câncer de mama.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), todas as mulheres, a partir dos 40 anos, devem realizar o exame clínico das mamas anualmente. O exame clínico é feito durante o exame físico de rotina. Ainda segundo o INCA, mulheres com idade entre 50 e 69 devem fazer a mamografia com intervalo de dois anos no máximo.

Vale lembrar que as mulheres devem fazer, regularmente, o autoexame das mamas, mas esse não deve substituir o exame clínico realizado por um médico.

Ultrassonografia pélvica transvaginal – Permite a investigação endometrial (pois fornece informações referentes ao volume do útero, espessura e características do endométrio) e a investigação de patologias ovarianas.

Densitometria óssea – É o exame de referência para o diagnóstico da osteoporose realizada pela avaliação da coluna lombar, do colo do fêmur, e antebraço principalmente em mulheres após a menopausa. Para um acompanhamento eficaz, é recomendado repetir o exame entre 12 a 24 meses.

Alguns exames laboratoriais podem auxiliar no acompanhamento do climatério:

  • FSH – Hormônio folículo estimulante – Distúrbios na hipófise ou doenças que envolvem os ovários.
  • TSH – Hormônio estimulante da tireoide – Distireoidismo (mau funcionamento da glândula tireoide. Pode causar hipertireoidismo ou hipotireoidismo).
  • Estradiol – Alterações menstruais, menopausa, menopausa precoce, doenças ovarianas.
  • Glicemia de jejum – Intolerância a glicose, diabetes.
  • Triglicérides (principais gorduras do organismo. O alto nível no sangue pode aumentar o risco de problemas cardíacos). – Dislipidemias (elevação de colesterol e triglicerídeos no plasma ou a diminuição dos níveis de HDL que contribuem para a aterosclerose).
  • Colesterol total – Dislipidemias.
  • Colesterol HDL (“colesterol bom”, o HDL remove o colesterol das artérias e os leva de volta para o fígado, impedindo seu acúmulo). – Dislipidemias.
  • Hemograma – Anemia, irregularidades menstruais, processos infecciosos, alterações imunológicas.
  • ALT/AST – Alteração das funções hepáticas associadas a diabetes e obesidade.
  • Urina 1 e urocultura – Infecção do trato urinário, comprometimento da função renal.
  • PSO – Pesquisa de sangue oculto nas fezes – Anemia, alterações no aparelho digestivo.
  • ECG – Alterações cardíacas.

MENOPAUSA, CLIMATÉRIO – TRATAMENTO

É importante lembrar que, climatério e menopausa não são doenças. Trata-se de períodos biológicos pelos quais, mais cedo ou mais tarde, todas as mulheres vão passar.

As oscilações hormonais durante o climatério e o envelhecimento natural quase sempre provocam o aparecimento de vários sintomas. Mas, nem todas as mulheres apresentam todos os sintomas. Na verdade, cada mulher vive o climatério e o envelhecimento de maneira muito particular.

Algumas mulheres conseguem manter as atividades normais do dia a dia mesmo na presença de diversos sintomas.

Porém, para muitas mulheres, os sintomas durante o climatério são tão intensos que acabam interferindo nas suas atividades cotidianas (inclusive as atividades sexuais). Nesses casos, os médicos costumam indicar diferentes tratamentos, sempre adaptados às necessidades específicas e às condições de cada mulher.

Diferentes tratamentos podem ser utilizados para amenizar os sintomas durante o climatério e até mesmo após a menopausa: tratamento medicamentoso (hormonal e não hormonal) e tratamento não medicamentoso.

Tratamento medicamentoso hormonal

  • Terapia Hormonal (TH)

Normalmente, a TH é utilizada para amenizar os sintomas desagradáveis causados pela diminuição dos hormônios sexuais estrogênio e progesterona: alterações menstruais, fogachos/sudorese e aqueles relacionados à atrofia urogenital.

Nem todas as mulheres podem e devem recorrer à TH. O tratamento a base de hormônios é extremamente contraindicado em algumas situações:

  • câncer de mama;
  • câncer de endométrio;
  • doença hepática grave;
  • sangramento genital não esclarecido;
  • história de tromboembolismo agudo e recorrente;
  • porfiria.

Para mulheres que apresentam problemas como hipertensão arterial e diabetes mellitus não controlados, endometriose e miomatose uterina, o tratamento com a terapia hormonal é relativamente contraindicado.

A escolha da TH pode variar em função da situação em que a mulher se encontra. Em alguns casos, o tratamento à base de estrogênio é indicado. Em outras situações os médicos indicam o tratamento com o estrogênio combinado a algum progestógeno (progesterona).

A situação em que a mulher se encontra normalmente pode ser:

  • Mulheres sem útero (mulheres que tiveram histerectomia) – A TH é feita somente com o estrogênio.
  • Mulheres com útero – A TH é feita com o estrogênio e um progestógeno.
  • Mulheres com sintomas vaginais – A TH é feita com baixas doses de estrogênio.
  • Mulheres com menos de 60 anos ou menos de 10 anos após o início da menopausa – É provável que os benefícios da TH excedam os potenciais danos.
  • Mulheres com mais de 60 anos ou mais de 10 – 20 anos após o início da menopausa – Aumento do risco de desenvolverem certas doenças (trombose venosa profunda, embolia pulmonar, acidente vascular cerebral, câncer de mama etc.) quando recebem terapia hormonal. Portanto nesse período a TH não é recomendado.
  • Mulheres que apresentam sangramento uterino anormal – A TH não é recomendada.
  • Mulheres com espanomenorreia (distúrbio menstrual caracterizado pelo espaçamento anormal, normalmente de dois a três meses no fluxo menstrual) – A TH não é recomendada.

Antes de recorrer à terapia hormonal o médico deve levar em conta os possíveis efeitos colaterais, os riscos e os benefícios associados à utilização de hormônios.

Efeitos colaterais associados à utilização de hormônios

Tratamento à base de hormônios, principalmente em doses altas, são susceptíveis de causar certos efeitos colaterais. Os mais comuns são:

Estrogênios

  • náuseas;
  • distúrbios gastrointestinais (quando administrados por via oral);
  • sensibilidade mamária;
  • dor de cabeça;
  • retenção de líquido;
  • edema;
  • provável estímulo a leiomiomase;
  • endometriose.

Progestógenos

  • dor nas mamas;
  • cólicas abdominais;
  • alterações de humor;
  • dor de cabeça;
  • fadiga;
  • depressão;
  • irritabilidade;
  • alterações da pele;
  • ganho de peso;
  • aumento do DLD (colesterol ruim);
  • ansiedade;
  • dores generalizadas.

Os efeitos colaterais causados pelo uso de hormônios podem variar de mulher para mulher e depender do tipo e da dose do hormônio administrado.

O tratamento à base de hormônios também apresenta riscos e benefícios.

Riscos relacionados ao tratamento à base de estrogênio (ou terapia combinada de estrogênio/progestógeno):

  • câncer do endométrio;
  • câncer de mama;
  • acidente vascular cerebral;
  • coágulos sanguíneos nas pernas e nos pulmões;
  • distúrbios da vesícula biliar;
  • incontinência urinária.

Riscos relacionados ao tratamento à base de progestogênios:

  • aumento nos níveis de colesterol LDL (colesterol ruim);
  • coágulos sanguíneos nas pernas e nos pulmões.

Benefícios relacionados ao tratamento à base de estrogênio (com ou sem progestogênios):

  • tratamento eficaz para ondas de calor;
  • prevenção do ressecamento e adelgaçamento dos tecidos vaginais e trato urinário;
  • alívio dos sintomas causados pelas infecções recorrentes do trato urinário e pela necessidade urgente de urinar;
  • prevenção ou adiamento do surgimento da osteoporose. 

Benefícios relacionados ao tratamento à base de progestogênios:

  • terapia de estrogênio com progestogênios quase sempre elimina o risco de câncer de endométrio;
  • os progestogênios em altas doses podem aliviar as ondas de calor (os estrogênios são mais eficazes).

A terapia à base de hormônios apresenta inúmeros riscos e benefícios, podendo aliviar certos sintomas provocados pela menopausa, mas podendo causar outras doenças. Por isso, a decisão de recorrer à TH, a escolha do tipo e a dosagem de cada hormônio devem levar em consideração a situação específica de cada mulher e a certeza de um acompanhamento médico.

  • Medicamentos hormonais

Além do estrogênio e dos progestônios, alguns medicamentos hormonais podem ser utilizados no auxílio da terapia hormonal. Os mais populares são:

  • Moduladores seletivos do receptor de estrogênio (SERMs) – Funcionam como estrogênio em alguns aspectos. Podem ser usados para prevenir massa óssea e tratar osteoporose, prevenir e tratar o câncer de mama, aliviar as ondas de calor e os sintomas da atrofia e secura vaginal, reduzir a dor nos seios e melhorar o sono. Assim como os estrogênios e os progestogêneos, esses medicamentos também apresentam riscos como por exemplo o desenvolvimento de coágulos sanguíneos nas pernas e nos pulmões e câncer no endométrio.
  • Desidroepiandrosterona (DHEA) – Aparentemente alivia a secura vagina e outros sintomas da atrofia vaginal.

Tratamento medicamentoso não hormonal

Para mulheres que não desejam o tratamento hormonal ou para as quais a TH é contraindicada, os medicamentos não hormonais podem ser uma alternativa.

Os medicamentos não hormonais atualmente disponíveis são:

  • Antidopaminérgicos
  • Antidepressivos
  • Hipnosedativos
  • Vasoativos

Todos os medicamentos não hormonais utilizados para alívio da sintomatologia associada à menopausa têm efeitos colaterais (alguns graves) e a escolha de cada medicamento deve ser discutida com a paciente que deve estar ciente dos riscos e benefícios de cada medicamento e da existência de alternativas de tratamento.

Tratamento não medicamentoso

Para mulheres que não podem ou não querem seguir tratamento medicamentoso, algumas opções de tratamento alternativo podem contribuir para amenizar os sintomas durante o climatério.

Fitoterapia – Tratamento à base de plantas medicinais. Alguns fitoterápicos têm sido utilizados para o tratamento dos sintomas causados durante o climatério: Soja (Glycine max), Trevo vermelho (Trifolium pratense), Cimicífuga (Cimicífuga racemosa), Hipérico (Hiperico perforatum), Valeriana (Valeriana officinalis), Melissa (Melissa officinalis).

Deve-se, no entanto, atentar para o fato de que alguns medicamentos à base de ervas não possuem regulamentação da mesma maneira que os medicamentos e que alguns suplementos podem ser prejudiciais ou ainda reagirem com outros medicamentos e agravar alguns distúrbios.

Além do mais, hormônios derivados de plantas (hormônios bioidênticos), principalmente os manipulados por farmacêuticos, devem ser utilizados com acompanhamento e orientação médica pois possuem os mesmos riscos que os hormônios padrão.

Homeopatia, acupuntura e ioga também são utilizadas como tratamento complementar e alternativo para sintomas do climatério (principalmente as ondas de calor). No entanto, estudos apontam que essas práticas tiveram resultado misto.

Os exercícios de Kegel, fortalecem a musculatura pélvica, o que contribui para a melhora de sintomas como incontinência urinária por exemplo.

Mudanças no hábito de vida, como a prática regular de exercícios físicos e alimentação equilibrada também ajudam a mulher a conviver com os sintomas durante o climatério e a menopausa.

FITOTERAPIA E MENOPAUSA
A fitoterapia pode contribuir para amenizar os sintomas durante a menopausa e o climatério

Como a gente viu, durante o climatério a mulher pode desenvolver diversos sintomas. De modo geral, o enfoque do tratamento durante o climatério é aliviar os sintomas como as ondas de calor e a secura vaginal.

Em alguns casos, os médicos indicam o tratamento medicamentoso hormonal, em outras situações o tratamento pode ser a base de medicamentos não hormonais.

Existem, também, algumas medidas gerais que a mulher pode seguir, que talvez ajudem a aliviar as ondas de calor:

  • refrigerar o ambiente, utilizar ventiladores;
  • evitar luzes brilhantes, ambientes abafados, edredons etc.;
  • usar roupas em camadas que possam ser retiradas quando se sente calor e colocadas quando se sente frio;
  • vestir roupas que permitem a transpiração (roupas de algodão).

Para a secura vaginal, a mulher pode adotar o uso de lubrificantes à base de água e hidratantes vaginais de venda livre. Investir nas preliminares pode ajudar a mulher a atingir a excitação e aumentar a lubrificação, diminuindo ou eliminando a dispareunia (dor durante o ato sexual).

MENOPAUSA, CLIMATÉRIO E SEXUALIDADE DA MULHER

A sexualidade da mulher durante os anos do climatério e com a chegada da velhice é variável e depende de diversos fatores como por exemplo o seu estado geral, o seu psiquismo e até mesmo as suas condições socioculturais.

Evidentemente, algumas mulheres vivenciam o climatério de uma maneira bem positiva e as repercussões na esfera sexual parecem ser menos intensa.

No entanto, algumas mulheres desenvolvem, durante o climatério, algumas dificuldades sexuais devido aos sintomas causados pela oscilação hormonal e devido ao processo de envelhecimento.

Com a diminuição dos níveis hormonais durante o climatério é comum observar na mulher uma queda de libido e das fantasias sexuais, dificuldades de excitação sexual e até mesmo de atingir o orgasmo. Vaginismo e dispareunia também são comuns nesse período da vida da mulher.

Além da queda no nível dos hormônios, certos fatores podem causar impacto na sexualidade da mulher: educação sexual, experiências sexuais anteriores, formação religiosa, vida afetiva e presença ou não de um parceiro fixo são apenas alguns fatores associados ao desempenho sexual da mulher.

Quando os sintomas durante o climatério são causados pela diminuição dos níveis hormonais, as mulheres podem recorrer à terapia hormonal ou algum tratamento não medicamentoso, sempre lembrando que a terapia hormonal deve ser indicada e monitorada por um médico.

Durante a fase do climatério, a mulher pode também adotar, desenvolver e manter certos hábitos de vida como por exemplo manter uma vida afetiva equilibrada, uma vida sexual pregressa adequada, boa alimentação, exercícios físicos, trabalho, hobbies e espiritualidade que podem contribuir para uma sexualidade plena e satisfatória.

A mulher pode e deve adotar hábitos benéficos antes, durante e depois do climatério que contribuam para que a sua sexualidade seja sempre uma experiência segura e saudável.

Esperamos que esse artigo tenha sido útil e tenha esclarecido alguma dúvida que você possa ter em relação ao climatério. Se você tiver dúvidas, não hesite em entrar em contato com o Portal.

Se você acha que esse artigo pode ajudar alguém que você conheça, não hesite em compartilhá-lo!

Até a próxima!

 

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